Resgatamos um papo de DJs entre Solomun e Sandro Valente para você conhecer um pouco mais sobre este top DJ mundial.
Em meio a tantos novos talentos musicais e apetrechos tecnológicos pipocando no mercado, o que tem de DJ que busca um lugar ao sol… Essa parece não ser uma preocupação para o alemão Solomun. Com a marca de mais de 1,2 milhão de exibições no YouTube com a faixa “Around”, de Noir & Haze(uma das mais tocadas nos clubs pelo mundo inteiro), ele se estabeleceu em Hamburgo como dono da famosa gravadora Diynamic e se consagrou como um dos mais influentes da e-music. Dono do club Ego, ele está sempre incluindo as suas produções nos topos dos sites de vendas como Beatport e remixando os melhores artistas do mundo. O residente Sandro Valente conversou com ele no Papo de DJs da Privilège MAG #36. Relembre como foi:
SANDRO VALENTE: O que costuma ouvir?
SOLOMUN: Meu gosto musical é muito variado. Honestamente, ao longo dos últimos anos eu não tive tanto tempo para ouvir outra música. Quando eu chego em casa do meu estúdio ou escritório, eu preciso de uma pausa, sabe?
Você está sempre tocando por aqui no Brasil. O que mais te encanta?
Eu amo as pessoas, a cultura, a paisagem, as cidades. O Brasil é maravilhoso!
Como você descreveria seu estilo como DJ e produtor? E sua linha de som que procura manter na pista?
Meu estilo como DJ e produtor está sempre em desenvolvimento. Ao longo dos anos, me apaixonei por sexy basslines, com elementos mais sensuais, e soulful vocals. Eu acho que isso se tornou a base do meu estilo.
Como você enxerga a atual cena eletrônica?
Acho que a música eletrônica está muito interessante no momento. Há tantas coisas acontecendo, mais do que em qualquer outra cena. Surgiram programas como Logic ou o Ableton. Com eles, você só precisa de um laptop para fazer música de verdade. Então todo mundo está fazendo e tudo está indo muito mais rápido do que há 10 anos. Estou muito interessado no desenvolvimento dos próximos anos e, claro, espero que eu possa me tornar uma parte dessa cena.
Sobre esses novos softwares, você é a favor ou contra o uso excessivo desses apetrechos tecnológicos na cabine?
Acho que para fazer música você não precisa necessariamente de gadgets, mas pode ser muito útil ter um equipamento bom. Trabalhando com a sua própria combinação, você pode realmente encontrar um som único para a sua música. Eu não uso muito equipamento, mas adoro os poucos gadgets que tenho.
Que diferença você já notou da noite em Hamburgo para as que você já tocou no Brasil?
Isso é incomparável! Vir para o Brasil é sempre um dos destaques no meu ano, mas Hamburgo é minha cidade natal.
Qual a melhor e a pior gig que já fez?
Eu já fiz boas gigs e ruins. Felizmente, não tive shows muito ruins. Mas eu sou incapaz de escolher o melhor ou o pior. Como DJ, eu estou fazendo um trabalho muito emotivo para isso. Há sempre uma série de altos e baixos!
Qual é o segredo para fazer um bom remix?
De certa forma, um bom remix não pode perder a essência da música real. É sempre tentar encontrar o melhor do original e fazer uso dele. Se um remix não conectar com elementos do original, significa, principalmente, que o remixer não gosta dele. Nesse caso, você tem talvez uma boa pista, mas não um remix bom.
Quais são os hits que não podem faltar no seu playlist?
Esse é o meu segredo. Venha ouvir meus sets (risos).